terça-feira, 22 de maio de 2012

Luta Antimanicomial e a lei Paulo Delgado

22/05/2012 - 00h39m



A psicóloga lembrou que o dia 18 de maio foi escolhido como dia da luta para discutir e brigar pelos direitos daqueles que sofrem de saúde mental. Frisou que a luta já está acontecendo, mas é preciso avançar muito.
O trabalho do psicólogo ganhou ainda mais fôlego em 1990. Naquele ano, foi criado uma rede assistencial de saúde e saúde mental e iniciou a discussão com a sociedade em relação ao projeto de lei Paulo Delgado.
Para a psicóloga, era preciso que a lei fosse aprovada para acolher as diferenças, já que o mundo inteiro recrudesceu para conviver com o diferente: os loucos, alcoólicos, drogados, homossexuais, negros, mulçumanos ou qualquer coisa que não esteja normatizado, os tidos como diferentes como usuários de crack estão nas ruas e desafiando o estado.
-É possível  encontrar soluções e saída para cada um. O psicólogo trabalha com a linguagem, em todas as suas vertentes, e com o discurso. Ser psicólogo não é uma coisa simples: é delicado, profundo, não tem respostas fáceis é trabalhar artesanalmente, e isso é possível fazer com o diferente.
Pouco tempo depois, nos anos 2000 o desafio dos psicólogos era tornar a lei 10.216 (lei Paulo Delgado) letra viva, estruturar a rede assistencial, preparar os profissionais de saúde para atuarem no campo da saúde mental.
-A partir de 2010 percebemos que era preciso estruturar a rede de atenção aos usuários de álcool e outras drogas, consolidar a rede de saúde mental, fortalecer o controle social e repolitizar o SUS, fazer diálogo diário com o poder público. Além disso, fizemos frente de direitos humanos para os usuários de álcool e droga.
Marta Eliza salientou também a importância de não deixar a saúde ser vendida, que deve ser garantida pelo estado.
-Nós defendemos serviço de saúde pública e estatal. Saúde é direito de todos e dever do Estado. Esta frase foi luta hercúlea, e hoje, eles querem acabar com esta frase: o setor privado e muitos públicos.
Em vários momentos da palestra, a psicóloga citou o SUS, alertando para que o sistema não seja seletivo. Disse ainda que os psicólogos devem combater a privatização da saúde, a terceirização do SUS e a precariedade do profissional como as contratações das prefeituras sem concurso.
O tema da Luta Antimanicomial em 2012 é SUStentar a diferença, saúde não se vende, gente não se prende.

Fonte:  http://www.onorte.net/noticias.php?id=38590 
 

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